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Altamiro Fernandes
A vida em verso e prosa
Textos

*A Caminhada Matinal da Menina Passarinha*

 

.... E pela estrada afora, lá vai a Menina Passarinha (Ou seria Chapeuzinho Vermelho? Talvez fosse!) vendo alguns lindos ipês amarelos. Estão no auge da floração. Eles são de uma beleza indescritível para mim. Mas, daqui a uma semana ou pouquinho mais, já estarão sem flores e a casca dura de seus troncos à mostra, para que, dependendo de alguns fatores climáticos, no próximo ano possam novamente florescer. – Comentava a linda Menina Passarinho (Ops! Chapeuzinho Vermelho!) aos seus botões!

 

E a Menina Passarinha via outros Passarinhos nos galhos em perfeita sintonia com a beleza do dia e encanto do ipê florido. E nas suas elucubrações – observando a beleza daquele quadro com ipês em flor e passarinhos – ela se viu refletindo sobre sua vida. Identificando-se com aquele ipê: Casca dura, (talvez criada para aguentar as pedras do caminho), e uma imensa força para ser feliz e florescer, nem que seja uma vez ao ano. – divaga a Menina Passarinha!

 

Agora, ela – tomada pela sua veia poética – se extasia vendo um bando de Passarinhos saltitarem nos galhos do ipê. De repente, ela se lembra do iminente perigo que está por surgir. Não era o Lobo Mau, mesmo porque, ela não levava uma cesta com guloseimas para a vovó. No lugar da cesta havia os adubos do saber: livros que ela, por ser uma Professora, levava-os para a sala de aula. O perigo era outro. Havia uma Vaquinha (brava mamãe) que, com a Menina sempre implicava, fazendo-a dar corridas homéricas em sua fuga.

 

E a Menina Passarinha seguia caminhando e do seu Menino Passarinho sempre se lembrando. Então, ela – matutando sobre essas coisas escritas pelo seu Passarinho/Amor – fica sorrindo ao lembrar-se dos assanhamentos que o seu Passarinho/Amor escreve. Resoluta diz para si e para os seus botões:

-Ouça Passarinho/Amor: não que eu seja “pudica” e nem me ofenda com esse seu jeito, pois o conheço de há décadas. – diz para si mesma entre sorrisos! Lembra daquela festa que fora dada pelo Rei em seu palácio? Eu estava lá e fiquei triste por ver você meu Passarinho/Amor acompanhado por outra. Você – meu eterno Passarinho/Amor tem a sua vida organizada: uma Passarinha para você amar (Seria sua Passarinha?) e fazer todos assanhamentos possíveis. E tem outro detalhe: durante anos o vi como uma espécie de “cunhado”. Você esteve namorando e amando minha amada prima irmã. ‘Coisa de louco, sabia’? Isso tem-me despertado do sono no qual – sonhando com você – estava! Será que estou certa por lhe amar tanto, levado Menino Passarinho? Estarei louca? Saiba que você é um querido amado meu, sempre será, aqui e além daqui. Qualquer dia destes quando eu for novamente ao Reino do Rei para nova festa, quero muito encontrar você, Passarinho/Amor. Mas, para abraçar bem abraçado, “jogar conversa fora” num bonito passeio. Segurar as suas mãos, olhar em seus olhos e dizer: -‘Amei estar com você, senti saudades suas. E minha alma deseja que você seja muito feliz’Perdoe-me, mas é o que tenho para oferecer a você, meu Passarinho/Amor. Saiba que amo você – sempre e para sempre!

 

Abraços e beijos sinceros de uma Menina/Mulher Passarinha que precisou aprender a ser só!

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Autor desconhecido

Imagem Google

Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 22/08/2024
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