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Altamiro Fernandes
A vida em verso e prosa
Textos

*A História de um Velhinho na Casa da Luz Vermelha*

 

A plangente lua fazia os seus argênteos raios se espargirem, enquanto afastava a escuridão. Na rua, um velhinho passeava. Passeava? Não! Ele tinha um objetivo: chegar até à Casa da Luz Vermelha, reduto onde bordejava as Damas da Noite – mercantilistas de amores, na difícil luta da chamada vida fácil.

 

Enfim, lá chega o velhinho, assenta-se à uma mesa e fica observando o ambiente com aquele “olhar de pidão de quem nada quer, mas a tudo querendo”. De longe ele é observado pela mais bela dentre as demais. Ela, resoluta, dele se aproxima. -Oi, gostosão! Está a fim de fazer um ‘amor bem gostoso, comigo, hem’? – indaga!

-Uai, dona (Ops! Pelo “uai”, torna-se desnecessário dizer que o velhinho safadinho é um mineiro da gema que estava a fim de “gemer sem sentir dor ao se fazer amor”), a fim eu estou, mas não posso fazer, não! – responde o velhinho!

-Ah!.. Para com isso, cara! Eu sei que você pode, sim! – retruca a Bela da Noite contestando a negativa do velhinho!

-Não posso, não, dona! Eu tenho certeza que não posso! – insiste o velho!

-Quer saber? Eu sei que posso fazer “Ele funcionar” e você vai poder, sim, fazer aquele amor bem gostoso comigo. Vamos ao meu quarto, vamos! – insiste!

 

Diante de tantas réplicas e insistentes tréplicas, lá vai o velhinho e a Bela da Noite para o quarto. Em lá chegando, a Bela da Noite coloca uma música para criar o clima. Em seguida, ela começa um voluptuoso Strip-tease sob o arguto e comilão olhar do velhinho, enquanto ‘Ele’ acordado, já queria entrar na lide.

Dele, ela – dançando e se desfazendo das últimas vestes – se aproxima e lhe dá um beijo desentupidor de pia. Era o que faltava. O velhinho vai à loucura!

Sem precisar de música, o velhinho faz o seu rápido “Strip”, sem esperar o “tease” – tamanha era a sua pressa, e parte para dentro do campo de jogo!

Começa o Jogo do Rala e Rola com as bolas batendo ávidas nas traves. A cabeçada do falo estava na maior aflição ao fuçar o Triângulo das Bermudas da, agora, atônita Bela da Noite. Nunca vira nada igual em toda sua vida. O velhinho era uma fera na cama. 

 

E o jogo prossegue, agora, com 3 X 0 no placar, a favor velhinho. Ainda querendo “fazer mais gols”, o velhinho partiu para o segundo tempo da partida, sob a alegria da “adversária” que, agora, se encontrava boquiaberta com o vigor do velhinho ao marcar mais “dois gols de placa”, fechando o placar em 5 X 0 em favor de ambos. Sim! A partida chegara ao seu final sem que houvesse um vencedor sequer. Os dois estavam satisfeitos com o resultado daquele jogaço, no qual foram marcados vários golaços de placa!

 

Da cabine de transmissão da partida, Galvão Bueno, Casagrande, Caio Martins e Roger Flores estavam – como a Bela da Noite – boquiabertos sem a nada entender!

O velhinho é um artilheiro nato! – comentou Caio com a aquiescência dos demais comentaristas.

 

No quarto – arrasada, tonta, desfalecida, mas felicíssima – a Bela da Noite, entre risos, comenta a performance do velhinho: -Não podia, né safadinho? Nunca, em toda esta minha vida, encontrei alguém tão viril como você. Você é insaciável na cama! – comentou enlouquecida entre beijos dados pelo velhinho!

-Uai, sô! Eu falei que não podia, só porque não tenho dinheiro para pagar você não, viu? – comenta o safado e viril velhinho entre os risos de ambos!

Imagem: Google

Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 30/04/2024
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