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Altamiro Fernandes
A vida em verso e prosa
Textos

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O Início, o Meio e o Fim

 

O mundo estava passando pela sonhada e esperada fase de transição. A nova era surgia, tendo, como marco, uma brilhante estrela de incandescente e fúlgida luz a cintilar no éter. E ela tinha a missão de indicar aos Três Reis Magos o exato local onde o esperado Messias Jesus – o Salvador do Mundo – chegaria.

 

E o Messias chegou! Era o marco, o início de uma nova era: a Era Cristã! Pouco tempo Ele teve de vida terrena entre nós que – num parvo e insano ato – covardemente o assassinamos!

 

No éter, a Estrela Guia apagou-se e o Céu tornou-se escuro pela peçonha existente no coração dos assassinos do Salvador. A Estrela Guia não tinha mais a quem guiar. A parva humanidade resolvera trilhar o errado caminho, em detrimento ao que fora por Ele pregado ao ser, por nós, pregado na tosca Cruz!

 

Passaram-se os anos e séculos. Estamos vivendo o linear de sombrios tempos, sem termos a certeza de como será o amanhã ou nem se o amanhã teremos.

 

O novo Ano se iniciou. No éter – onde as minúsculas estrelas eram meras coadjuvantes da Estrela Guia, atriz principal – hoje, brilham os fúlgidos brilhos provocados pelas bombas teleguiadas mostrando, não o caminho da vida, mas, e sim, o caminho da morte onde novas mortandades acontecem – e  continuarão insanamente acontecendo – sob o parvo olhar de uma desumana humanidade. São inocentes crianças vitimadas por um ódio que grassa – sem graça alguma, diga-se – ceifando vidas, estuprando mulheres e espalhando o terror.

 

As estrelas teleguiadas, atrizes de um espetáculo bufão, não têm – como tivera a Estrela Guia – a missão de indicar o caminho aos Três Reis Magos, o local onde o Messias Salvador chegaria para salvar o mundo. As estrelas teleguiadas têm como coadjuvantes os fomentadores de absurdas guerras – indicando o caminho do ódio gerado em torno de um exacerbado fanatismo.

 

Há pouco comemoramos o Nascimento Dele sem a Ele darmos o presente que Ele mais gostaria de receber: o nosso amor ao próximo. Há exatos 1.991 anos – data fatídica do nosso covarde ato – estamos crucificando inocentes em absurdas guerras. Perguntas povoam-me a mente:

-Será que Ele morreu em vão? E neste ambiente de ódio que paira sobre a humanidade é válido perguntar: –Se Ele voltasse para nos salvar – será que não O assassinaríamos novamente? Será que nunca iremos aprender que o amor é, e sempre haverá de ser, o caminho por Ele pregado? E o que é pior:

– Será que o Início de tudo – quando da chegada Dele – não nos mostrou o Meio de nos tornarmos melhores, ou já é chegado o Fim?

~~*~~

Imagem: Google

 

Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 05/01/2024
Alterado em 05/01/2024
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