O Dia Mundial da Água – 22/03

Introito:

E narra-nos a história:

...O mar estava revolto. O vento açoitava as vestes dos três monges que – trazendo nas mãos o Sagrado Livro – discutiam em busca de uma solução para o problema apresentado pela Santíssima Trindade, onde: O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Divino Espírito Santo, também, é Deus – três Deuses em um!

-Como pode isso ser possível? Três pessoas distintas serem, ao mesmo tempo, uma só Divindade: Deus! – dizia aquele que, por parecer ser um ancião, comandava o debate!

Seguem – pensativos e açoitados pelo vento – o caminho, tendo as suas atenções despertadas pela figura de um menino. E o menino ia até o mar, enchia com a salgada água um pequeno balde, voltava e despejava-a dentro de um pequeno buraco que fizera na areia. O sedento buraco sugava toda a água. A repetidíssima operação feita pelo menino despertara a atenção dos monges.

-O que você pretende fazer, menino, ao trazer a água do mar para dentro deste buraco? – indagara o ancião e líder dos monges!

-Quero colocar toda aquela água, aqui, dentro deste buraco! – respondera o jovem!

-Isso é absolutamente impossível! – dissera o velho monge!

-Pode parecer ser impossível, mas será mais fácil eu trazer toda a água do mar para dentro deste buraco, do que os senhores desvendarem o Mistério da Santíssima Trindade! – retrucou o trêfego menino!

Parte I:

Esta narrativa/introito tem por objetivo fundamentar uma observação nossa em relação à água. Desnecessário dizermos – todos nós sabemos, claro está – que nosso corpo é composto por 60% de água, que o nosso planeta é 70% água, e os outros animais e plantas são constituídos, em média, por 65% de água. Também, torna-se desnecessário dizermos que: a água é vida e que, sem ela, a ávida vida não existiria.

Na natureza, existem quatro elementos fundamentais: Água, Terra, Fogo e Ar. Quando o homem aprendeu a dominar os elementos naturais, o progresso começou a dar os sinais da evolução até chegar-se ao estágio no qual estamos. O fogo foi o primeiro dos elementos a ser domado, usado pelo homem para, em princípio, se aquecer, iluminar a caverna/lar, cozer os alimentos e até usá-lo na proteção contra os animais e os inimigos quando das batalhas tribais.

Domado o Fogo, o homem se viu envolto na volição, para novas conquistas e – levado por indomável desejo do mais ter que ser – iniciou o seu Ciclo Predatório do Meioambiente. E nesta triste saga predatória a água foi – e continua sendo – o elemento mais predado pelo homem.

Hoje, temos uma data comemorativa (tenho minhas dúvidas) denominada: Dia Mundial da Água. Discordo! O Dia Mundial da Água – pela importância que ela representa para a vida – deve ser em todos os marcadores segundos temporais. Mas não é assim. Estamos gradativamente acabando com o Símbolo da Vida. Matando a Água, estamos assinando o Atestado de Óbito de todas as formas de vida que existe em todo o Planeta Seco – antes Planeta Água – Água que não há mais!

Ávida a vida moribunda clama por Água. Então – e parodiando o mago poeta Drummond – digo: -“Água não há mais, homem! E agora”? E agora – todos nós – Josés do hoje sem as esperanças do amanhã? E agora?... E agora?...

Como bem sabemos, Deus é o símbolo divinal da vida. Sem Ele, a vida não existiria. E sendo Ele a vida, volvo ao introito desta crônica para fundamentar o a “História do Menino e os Monges” na qual a narrativa apresenta um menino na sua saga de colocar o oceano dentro de um buraco feito na areia e os monges, na lide inconteste de descobrirem o Mistério da Santíssima Trindade. Sendo o Mistério de impossível solução, também seria impossível a colocação de todo o oceano dentro de um mísero buraquinho feito na areia.

Mas, convenhamos, Deus é sábio. Ao colocar os três elementos (Água, Terra, Fogo e Ar) essenciais à vida, a Água ocupa o primeiro lugar na hierarquia. Se nos atermos à importância de Deus e Água na existência da vida no planeta, podemos afirmar que o elemento Água é o único que representa Deus dentro do contexto da Santíssima Trindade, onde o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Divino Espírito Santo é Deus.

Dentro desta analogia chega-se à óbvia conclusão de que o elemento Água é a mais importante prova de ser – comparando à trilogia da Santíssima Trindade – a eloquente prova desta Trindade Divina existente entre nós.

Senão, vejamos: a Água tem seus três estados físicos. Em nenhum deles ela deixa de ser Água. No estado líquido é Água. No estado sólido é Água e no estado gasoso é, também, Água.

A Água – no seu estado líquido – representa o Deus Pai, indispensável em todas formas de vidas existentes! A Água – no seu estado sólido – representa o Deus Filho Jesus Cristo na sua passagem física (sólido) entre nós. Por último, teremos o volátil elemento Água sob a forma do Divino Espírito Santo na sua envolvente e etérea forma de vida existente no Ar que respiramos e que envolve – por enquanto – todo o nosso planeta!

Devemos, pois, nos conscientizarmos que – se não tomarmos todas as cabíveis providências de salvarmos o elemento Água – estaremos fazendo o que fizera Pilatos ao lavar as mãos na condenação do Deus Sólido Jesus Cristo.

Salvar o nosso moribundo Planeta Terra significa: Salvarmos o elemento mais precioso que existe dentre os quatro existentes na natureza: a Água!

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Imagem Google