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Altamiro Fernandes
A vida em verso e prosa
Textos
Acróstico ao Dia do Soldado
 
Destemido, valente e lutador na defesa desta nossa sociedade,
Incompreendido nesta sua diária/árdua e incansável batalha,
Arguto ao promover a segurança, está sempre alheio à banalidade!
 
Dócil, amigo quando preciso, mas valente por nunca temer a metralha...
Orgulhoso da farda que enverga, jamais se deixa levar pela vaidade!
 
Solitário por ser – nesta luta – um incompreendido e nobre batalhador,
Ostenta no seu peito o orgulho por lutar, sem trégua, pela paz sonhada,
Lábaro que almeja hastear nos mastros dos corações cheios de amor.
Dedicando a vida pela sociedade... que não reconhece sua dor sofrida,
Açoita-lhe com palavras que ferem mais que o látego – causando a dor
Da incompreensão d’uma sociedade ao negar-lhe um abraço e a guarida!
Orgulhe-se por ser um Soldado que luta pela Paz, como todo sonhador!
*********
Soldado:
Soldado! Sabe Soldado, que eu não gostaria que você existisse entre os seres que se dizem humanos? Sabe Soldado, que eu adoraria que a sua presença não se fizesse tão necessária entre nós? Mas, entendo que seria utópico imaginarmos o mundo sem você! Sabe, por quê? Porque você é o Atestado de Idiotice de toda a humanidade!

Há sobre você, Soldado, uma sociedade que lhe cobra lisura profissional, honestidade, ética e ilibado caráter, coisas que nem ela possui – mas cobra de você! A sociedade – se você não existisse Soldado – já estaria de há muito, diga-se, extinta.

Lamento saber que todas as nações do mundo gastam incalculáveis fortunas, para manter os seus exércitos na proteção das suas nações, fortunas incalculáveis na manutenção de suas Polícias, para a segurança interna do seu povo. Todas estas fortunas são gastas com o objetivo de promover uma utópica segurança. Utópica sim – segurança não existe. A mente doentia, do ser que se diz humano ser, está mais voltada para Ter do que Ser.

E é neste ponto cruciante que entra a sua impoluta figura de Soldado. Você, Soldado, deve sofrear os ímpetos deste animalesco Ser Humano (Sic!), mesmo com o sacrifício da própria vida. Você sai de casa para o trabalho e se despede da família que o vê sair sem, contudo, saber que voltará. Às vezes, nem volta há! Tá lá o corpo estendido no chão varado pelas balas assassinas.

Você comete erros – mas quem não erra? Você exerce uma das mais estressantes profissões que existe. Você é o lixeiro da sociedade que não vê o seu medo, por estar trabalhando dentro de um carro de passeio’ que traz o nome de Viatura Policial, com o aval de governadores insensíveis.

Isso que eles denominam ser uma Viatura Policial é uma Arapuca para matar Soldados. A fuselagem destes Carros de Passeio não resiste a um tiro de bacamarte – aquela antiga garrucha usada pelos piratas. E é nesta Arapuca vulnerável que o Soldado está lutando contra uma marginalidade armada com as Pistolas .40 e .45, os famigerados Fuzis AR/15 e a terrível Metralhadora .50 - cujo poder de fogo é capaz de derrubar aeronaves! E é dentro desta frágil Arapuca que está o Soldado dando a sua vida em defesa da vida da Sociedade Cobradora!

Você sabia disso, Sociedade Cobradora? Você deveria cobrar dos seus insensíveis governadores que dessem mais segurança para o seu Soldado, para que você tivesse mais segurança. Mas, entenda: a utópica segurança não existe. Esta sonhada segurança somente existirá no dia em que você – ser que se diz Humano Ser – vier a ser aquele Ser provedor da Paz que o Criador queria e quer que sejamos. O Criador lamenta o que nos tornamos:
Um ser animalesco que de Ser Humano nada tem!
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Quem Dá aos Pobres, Empresta a Deus
        (Castro Alves)
 
     (....)
 
Duas grandezas neste instante cruzam-se!
Duas realezas hoje aqui se abraçam!...
Uma - é um livro laureado em luzes...
Outra - uma espada, onde os lauréis se enlaçam.
Nem cora o livro de ombrear co'o sabre...
Nem cora o sabre de chamá-lo irmão...
Quando em loureiros se biparte o gládio
Do vasto pampa no funéreo chão.
(....)
Poema no qual Castro Alves presta uma justa homenagem ao Soldado!
Imagem: Google

 
 
Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 25/08/2021
Alterado em 25/08/2021
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