Estou Com Saudades
O Brasil é um feriado! Esta frase tem a assinatura do grande e inesquecível dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues! E fora este pensamento de profundidade abissal que me levou a sentir saudades. Sim!... Estou com muitas saudades das aflições e pressas que tinha por ver chegar o último minuto da sexta-feira, da semana inglesa e dos esticados feriados – coisa de brasileiro!
A Semana Santa – por ter um feriadão de todo tamanho – era mais esperada que o próprio Messias!
Sacrilégio? Não! Pergunte aos preguiçosos de plantão, para onde eles iam durante o feriadão da Semana Santa. A santa e esperada resposta não será esta: -“Passei a semana em orações em respeito ao Messias Salvador!” Mas, e com toda certeza, esta será: -“Fui para a praia e curti adoidado, meu! A praia “tava” assim de gata – ô!”
Hoje, as saudades extrapolam. Particularmente, tenho saudades de todos os dias da semana. Do domingo a domingo – graças à maldita “Cãodemia”, Pandemia do Cão – tudo ficou numa pasmaceira mesmice. Tudo foi se transformando num mesmíssimo enclausuramento. Prisioneiro que estou, fico preso, enclausurado sem poder contar com o justo direito e contraditório.
O Covi-19 nos tornou reféns do medo. Todavia, nem todos temem o Covi-19. São os irresponsáveis que, incitados pelo chefão negativista (A propósito, ele deveria dar o exemplo bom, mas se estribou em dar o mau. Sacripanta!)
O Brasil – desgovernado Brasil – é motivo de chacota no mundo inteiro. A OMS, os Médicos (valentes e dedicados médicos) e os demais cientistas da área da saúde, são todos uns parvos sabichões metidos. O único e sapiente – o que mais entende de saúde – é o nosso presidente. Os cientistas que, a duras penas, conseguiram mapear o DNA do Covid-19 e identificá-lo, para facilitar a descoberta de uma futura vacina, foram contestados pelo nosso sapiente(Sic!) presidente ao dizer – do alto da sua parvoíce que esta Pandemia é uma gripezinha – coisa de maricas! Palmas para o parvo presidente Bestonaro!
Hoje (01/06/2021), o Brasil alcançou a fatídica marca dos 16,5 milhões de casos e 462.000 óbitos causados pela sádica gripezinha do negativista presidente defensor da Cloroquina – medicamento ineficaz nesta luta, segundo parecer de várias autoridades médicas do Brasil e do mundo. Dos dados em epígrafe citados, provavelmente – se tivéssemos um comando firme e responsável – poderiam ser evitados. Não teríamos tanta disseminação viral e tantos óbitos lamentados.
Mas o tema proposto tem como título a Saudade! E ela bate forte no meu peito. Tenho-a por lembrar-me de saudosos apertos de mãos, dos abraços que recebia e dava, do sorriso desmascarado por não ter o medo a estampar-me o rosto. Hoje, o meu rosto – e o de tantos outros brasileiros – tem a lhe estampar as tristes lágrimas oriundas das imensas saudades sentidas!
Estou com saudades de você, sorriso amigo. Estou com saudades de você, caloroso e apertadinho braço. Estou com saudade de você, olho no olho!
Eu estou com saudade de você, minha vida. Estou com uma baita saudade de viver!
Imagem: Google