O REI ESTÁ NU
Este é um conto que trata da vaidade humana. Quanto maior a vaidade, mais tolos nos tornamos. E costumamos alimentar a vaidade uns dos outros.
Era uma vez, um rei muito vaidoso e que gostava de andar muito bem arranjado. Um dia, um alfaiate espertalhão deu-lhe o seguinte conselho:
-Majestade, é do meu conhecimento que apreciais andar sempre muito bem vestido, como ninguém; e bem mereceis! Descobri um tecido muito belo e de tal qualidade que os tolos não são capazes de o ver. Com um manto assim, Vossa Majestade poderá distinguir as pessoas inteligentes das pessoas tolas, parvas e estúpidas que não servirão para a vossa corte.
-Oh! Mas é uma descoberta espantosa! – respondeu o rei. –Traga-me já esse tecido e faça-me a roupa; quero ver as qualidades das pessoas que tenho ao meu serviço.
O alfaiate aldrabão tirou as medidas do rei e, daí a umas semanas, apresentou-se, dizendo:
-Aqui está o manto de Vossa Majestade.
O rei não via nada, mas como não queria passar por parvo, respondeu:
-Oh! Como é belo!
Então o alfaiate fez de conta que estava vestindo o manto no rei, com todos os gestos necessários e exclamações elogiosas:
-Vossa Majestade está tão elegante! Todos o invejarão!
A notícia correu toda a cidade: o rei tinha um manto que só os inteligentes eram capazes de ver.
Um dia, o rei decidiu sair para se mostrar ao povo, desfilando pela cidade, com sua comitiva real acompanhando-o.
Toda a gente fingia admirar a vestimenta, porque ninguém queria passar por estúpido, até que, a certa altura, uma criança, em toda a sua inocência, gritou:
-Olha, olha! O rei está nu!
Ninguém conseguiu segurar o riso. Todos gargalharam e só então o rei compreendeu que fora engando. Envergonhado e arrependido da sua vaidade, correu a esconder-se no palácio! (Hans Christian Andersen)
O PRESIDENTE ESTÁ NU
“O homem tem por hábito o dom da prepotência, inveja, ganância e a insofismável arrogância. Quanto maior possa ser a vaidade, bem mais tolos nos tornamos. E o que é pior: Nós nos acostumamos a alimentar a vaidade uns dos outros.” (Hans Christian Andersen)
Era uma vez, um presidente muito vaidoso e que gostava de andar muito bem trajado, vestido com as melhores e bem recortadas vestes. Num dia, um espertalhão ASPONE (Assessor de P#¢@ Nenhuma) – desses que pululam como varejeiras em torno das carniças – deu-lhe o seguinte conselho:
-Presidente, é do meu conhecimento que apreciais andar muito bem vestido como ninguém e, claro, o merecimento é todo da vossa senhoria. Eu descobri um tecido muito belo e de tal qualidade que os tolos não são capazes de o ver. Com um manto assim, vossa senhoria poderá distinguir as pessoas inteligentes das pessoas tolas, parvas e estúpidas que não servirão para estar ao vosso lado na Presidência do Brasil.
- Oh! Mas é uma descoberta espantosa! – respondeu o Presidente. - Traga-me já esse tecido e faça-me a roupa. Quero ver as qualidades das pessoas que possam estar ao meu lado para servir-me (Ops! Não seriam as pessoas capacitadas para servirem ao Brasil?) durante o meu mandato!
O ASPONE aldrabão tirou as medidas do Presidente e, daí a algumas semanas, apresentou-se, dizendo:
- Aqui está o manto de vossa senhoria, senhor Presidente.
O presidente não via nada (E continua sem a nada ver!), mas como não queria passar por um parvo (Mas continua sendo um!), respondeu:
- “Oh!... Mas, como é belo este tecido!”
Então o ASPONE fez de conta que estava vestindo o manto em nosso Presidente, com todos os gestos necessários e exclamações elogiosas:
- O senhor Presidente está tão elegante! Todos aqueles que não sendo tolos, não sendo parvos e idiotas, (Opa! O aldrabão ASPONE quase dizia: -Assim... igual ao senhor! Mas, e por não ser um parvo, um tolo, se calou nesta altura do campeonato.) estarão a invejar-vos!
A notícia se espalhou por todas as capitais dos Estados, bem como, às suas respectivas cidades do Brasil, sil, sil, sil: O Presidente tinha um manto que só os sábios e inteligentes seriam capazes de ver. (Uma pergunta: - Seriam somente os seus apoiadores?)
Num belo dia, o vaidoso Presidente decidiu sair da Alvorada para se mostrar ao povo, desfilando pela cidade, com sua comitiva presidencial a acompanhá-lo.
Toda a gente (seus apoiadores) fingia expressar uma admiração incontida pela vestimenta, porque ninguém queria se passar por estúpido. Mas – vale ser dito – já havia aqueles que estavam inconformados!
Mas eis que a certa altura da passagem da comitiva presidencial, uma criança no auge de toda a sua inocência gritou:
-“Olha, olha!... O Presidente está nu!”
Ninguém conseguiu segurar o riso. Todos gargalharam e só então o presidente compreendeu que fora enganado.
Envergonhado e arrependido da sua vaidade, correu a esconder-se no Palácio da Alvorada.
Epílogo:
Como se pode notar, o nosso Presidente – assim como o Rei – também está nu. A passagem de comando lhe fora radical. De um subalterno Capitão a Chefe Supremo das Forças Armadas – tendo todos os mais altos postos de comando sob sua batuta – ao que parece, afetou-lhe a mente, tornando-o um aldrabice.
“Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder!” (Abraham Lincoln)
Entregamos ao Presidente poder de gerir o Brasil – a maior de todas as nações do Continente Sul Americano. Vestimo-lo com o manto do poder de governabilidade democrática. Todavia, ele preferiu ouvir ao ASPONE aldrabão que o vestiu com um utópico manto confeccionado com um tecido que somente os sábios o veriam.
E por estar mal – muito mal assessorado pelas péssimas escolhas feitas do “Time Governamental” a assessorá-lo – resolveu erroneamente brigar com a imprensa (Condenando-a pela divulgação das suas impensadas e ofensivas falas.) e, não satisfeito ‘caçou briga’ com a China; brigou com a maioria democrática do povo americano por ser o último dos diplomatas a reconhecer a vitória do eleito Presidente Joseph Robinette Biden Jr.; e (Mesmo sendo um néscio em Ciências Médicas e Biológicas.) brigou com a OMS – Organização Mundial de Saúde, contrariando-a sobre todas as medidas preventivas a serem tomadas no combate à terrível Pandemia Mundial que, para ele, o Presidente, é uma mera “gripezinha”.
Senhor Presidente – à boca pequena, claro está – o povo brasileiro já está dizendo que: - “Ao invés de se comprar tanto Leite Condensado, deveria o seu governo investir na compra de papel higiênico a ser usado, depois das suas esdrúxulas e ofensivas falas presidenciais por serem elas acintes aos nossos ouvidos e um verdadeiro acervo, para os humoristas de plantão!”
Senhor Presidente, não será uma criança que irá notar e dizer que: -“O Presidente está nu!” O povo brasileiro, que como eu o elegeu, está enxergando que – igualmente ao Rei do conto de Hans Christian Andersen – o nosso PRESIDENTE ESTÁ NU, nuzinho e com as mãos nos bolsos!
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